Mariana Luchesi
Redação TDM

“Victoria Regia” é um desses discos que certamente poderiam ter sido lançados por alguma banda de metal como o Xandria ou o Epica, mas que para surpresa do público, traz um elenco de brasileiros cantando em inglês. O álbum, lançado pelo grupo Amazon, consegue reviver e seguir a mesma linha melódica das bandas citadas acima, dando voz a uma fórmula já testada, onde se destacam canções com o melhor do metal melódico, melodias fortes e poderosas e que acabam por deixar a voz da intérprete em segundo plano. Mesmo seguindo tendências, a banda mostra que talento é o que não falta.

Formados na cidade paulista de Valinhos em 2002, o grupo composto por Marcelo Freitas (*sic) na bateria, Renato Angelo na guitarra, Danilo Angelo no baixo e Sabrina Todt à frente dos vocais e na flauta, está colocando nas lojas, pela gravadora Hellion Records, a primeira compilação da carreira.

Nas faixas cantadas em inglês o Amazon mostra ao público que quando o assunto é música eles conseguem dar conta do recado. Apesar de pecarem bastante no quesito inovação e criatividade, a banda consegue dar voz a um repertório bem executado e com melodias fortes e contagiantes.

Os momentos mais melódicos do disco ficam por conta de faixas como “We’re All”, “Seven Suns e Seven Moons”, “Surrender” e “Fate Of Glory”. Em canções como “Down”, que abre a compilação, e “The Phanton in The Mirror”, o Amazon cria uma atmosfera na qual os acordes enérgicos das guitarras são o grande ponto alto.

Em 2003 a banda lançou o promo-cd “While There is Time”, recebendo elogios da revista Rock Brigade e assinando contrato com uma grande gravadora. Em 2004, depois de inúmeros shows pelo país, o Amazon comandou o show de abertura do Nightwish. “Victoria Regia” coloca à prova todo o talento de uma banda brasileira. Um disco que promete chamar a atenção de todos os fãs de metal.

*Nota da banda: O Marcelo Freitas era o baterista da banda no momento do ensaio fotográfico que gerou o encarte do CD. O Marcos "Frazão" Frassão, entretanto, foi quem gravou as baterias do disco, e é o nosso baterista querido do coração até hoje!